terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Quero-me casado comigo. 
Com o todo o meu abuso, 
eu me suporto e eu me obrigo
Faço a minha comida com o tempero que eu quiser 
Sem pitada de pitaco de ninguém 
Lavo as minhas cuecas brancas, vermelhas e encardidas 
E faço o meu café sem coar 
Acendo incenso e tenho minha tralhas 
sou dono das minhas verdades, incertezas e migalhas 
Tenho minhas manias e meus ajeitados
Abro a minha casa para arte e para política e passo dias vivendo isso, 
é a chatice que eu adoro 
Faço tudo no meu tempo, 
E corro de confusão
Sou a pessoa mais gentil, a mim mesmo 
Não me obrigo a opressão
Sou andarilho de mim, digo esquisito mesmo 
pássaro passageiro casado consigo mesmo. 

Alexandre Lucas

Destilação de veneno 
Após potes de geleias
de holanda maconha 
transtorno transcendental
Deus como desculpa 
da sua insana loucura. 
Alexandre Lucas 

Migalhas homeopáticas de afetividade 
Trava a sensualidade, 
Tenho sede para beber toda felicidade de sussurros
Envolver-me nas tuas penas em malabares musicais 
Pular até a lua e se entorpecer com o brilho das estrelas
Desafiar a língua afiada a te bulinar 
Sentir o mel dos teus gemidos 
A acariciar a minha alma. 

Alexandre Lucas



Estou aqui, liberto, 
com os sonhos pendurados em algum canto
aguardando os toques das suas palavras insanas de desejo 
meu cansaço te pede completa, entrincheirada e disposta a me engolir 
Ponhamo-nos na mesa e a deixemos sem nenhum grão de nós. 


Alexandre Lucas

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