terça-feira, 11 de julho de 2017

Ler os meus lábios em silêncio
O meu olhar tagarelo
A minha palavra inversa
Não me deixar só
Faz frio quando a leitura se cala.  

Alexandre Lucas


Quero te ver em breve
Contornar os teus olhos fechados
Senti  o teu desejo
como mãos apressadas de carinho
Acrescentar mais algumas tatuagens no teu corpo
Só para sentir os teus gemidos
Que me fazem música, dança e suspiros
Na brevidade do ato
Assinemos nas lembranças
A eternidade da conjugação dos corpos
E da lealdade dos afetos.

Alexandre Lucas    
 
Que o blues regado pela manhã
Descontorça as minhas dores
Leve-me ao embalo leve da pena
E que as  palavras se façam purpurina no ar
 Que o beijo tenha  gosto de felicidade
A leveza do beija-flor
e que a lua seja galopada
e o sol temperado por um blues de arrepiar.

Alexandre Lucas