Entre nuvens vejo as
silhuetas dos teus seios
A leveza dos teus toques
A extinta a finidade
E aderência do desejo
Que se faz mar de prazer.
Alexandre Lucas
Quero contornar o teu
corpo como quem contorna o ar
Sentir a tua respiração
condensada
A leveza e umidade dos
teus lábios
Descobrir o do-in dos
teus prazeres
E purificar a alma
Num baile ocular.
Alexandre Lucas
Passei a noite
conversando
Com o tempo e o vento
Comendo as migalhas que me restaram de algumas alegrias
Abanando-me com o calor das lembranças
e me acalmando com as teclas
que me fazem respirar
desta asfixia de paredes brancas
Alexandre Lucas
Comendo as migalhas que me restaram de algumas alegrias
Abanando-me com o calor das lembranças
e me acalmando com as teclas
que me fazem respirar
desta asfixia de paredes brancas
Alexandre Lucas
Que as mãos decotem as
vontades
Façam silhuetas e erupções sobre o corpo
Demarquem caminhos de utopias
E gerem sopros de prazeres
e distensão de lábios
Alexandre Lucas
Façam silhuetas e erupções sobre o corpo
Demarquem caminhos de utopias
E gerem sopros de prazeres
e distensão de lábios
Alexandre Lucas
Acordo cedo, me parece
até que recebo cutucadas do sol
Armo o escritório na bolsa e saio veloz como a luz para a labuta
Quando chega a hora de dormir, estou chegando em casa...
Faço isso durante trinta dias
E ainda fico devendo a mim mesmo.
Alexandre Lucas
Armo o escritório na bolsa e saio veloz como a luz para a labuta
Quando chega a hora de dormir, estou chegando em casa...
Faço isso durante trinta dias
E ainda fico devendo a mim mesmo.
Alexandre Lucas
Durante a tarde
Veio aquele vento forte
E um calor pedindo a despedida das roupas
E a vestidura de um corpo
Banhado e com cheiro de jasmim
Pra fazer da tarde brisa e
Uma cama de jardim.
Alexandre Lucas
Veio aquele vento forte
E um calor pedindo a despedida das roupas
E a vestidura de um corpo
Banhado e com cheiro de jasmim
Pra fazer da tarde brisa e
Uma cama de jardim.
Alexandre Lucas
O soro ainda goteja
O braço continua estendido
A agulha entupiu
O sangue se desnorteia
E o buquê de flores...
Perdeu-se no meu do caminho
O tumulto foi tão grande
Que me esqueci de mim mesmo
Imagina das flores.
Alexandre Lucas
O braço continua estendido
A agulha entupiu
O sangue se desnorteia
E o buquê de flores...
Perdeu-se no meu do caminho
O tumulto foi tão grande
Que me esqueci de mim mesmo
Imagina das flores.
Alexandre Lucas
Um silêncio dentro de me
bofeteava
A comida chegou quente e sem gosto
Comia devidamente apressado
Queria se livrar de alguma agonia
Talvez a agonia de ficar só na abundância de gente
Ou a agonia para chegar logo em casa e provocar em palavras
A comida indigesta da vida.
Alexandre Lucas
A comida chegou quente e sem gosto
Comia devidamente apressado
Queria se livrar de alguma agonia
Talvez a agonia de ficar só na abundância de gente
Ou a agonia para chegar logo em casa e provocar em palavras
A comida indigesta da vida.
Alexandre Lucas
Minha rosa vermelha
murchou
Guardava enfiada no jarro do coração
O coração quebrou e ficou espatifado pela casa
Tropecei pelos seus cacos e me senti estalando
Seguro a rosa vermelha murcha com as duas mãos
E te ofereço para regá-la.
Alexandre Lucas
Guardava enfiada no jarro do coração
O coração quebrou e ficou espatifado pela casa
Tropecei pelos seus cacos e me senti estalando
Seguro a rosa vermelha murcha com as duas mãos
E te ofereço para regá-la.
Alexandre Lucas
Deixo a roupa estendida
no varal das lembranças
Teu corpo ouriçado e teus mamilos pontiagudos
Fisgam a sensatez e derrubam os santos das mesas
Numa prece pressa de prazer
Em procissão devoto os meus desejos
Acendendo velas para incendiar nossos corpos
Que se embriagam e diluem de fazeres.
Alexandre Lucas
Teu corpo ouriçado e teus mamilos pontiagudos
Fisgam a sensatez e derrubam os santos das mesas
Numa prece pressa de prazer
Em procissão devoto os meus desejos
Acendendo velas para incendiar nossos corpos
Que se embriagam e diluem de fazeres.
Alexandre Lucas
Sinto o pulsar quente da
tua barriga
Roçando o juízo
O toque acalentado
Dos teus dedos
A flor de desejo de teus olhos
Convidando para um baile.
Alexandre Lucas
Roçando o juízo
O toque acalentado
Dos teus dedos
A flor de desejo de teus olhos
Convidando para um baile.
Alexandre Lucas
Na desmedida ânsia
Perco-me nos sonhos
Para me achar nos encantos dos teus contornos
Perfazendo uma cartografia de prazer
Mapeada com a língua e a oralidade
Desenhando caminhos e identificando os teus sons
E os percursos dos teus sabores
Vamos nos fazendo bussolas
Para orientar a multiplicidade dos nossos desmanches
E terremotos de encantos
Molhados , olhos revirados e sorriso lento
Aguardando recomposição dos dados.
Alexandre Lucas
Perco-me nos sonhos
Para me achar nos encantos dos teus contornos
Perfazendo uma cartografia de prazer
Mapeada com a língua e a oralidade
Desenhando caminhos e identificando os teus sons
E os percursos dos teus sabores
Vamos nos fazendo bussolas
Para orientar a multiplicidade dos nossos desmanches
E terremotos de encantos
Molhados , olhos revirados e sorriso lento
Aguardando recomposição dos dados.
Alexandre Lucas
Andar de braços dados
Num encontro de calmaria
Resfriar-se a com sorvete para preencher as tardes vazias
Soprar carinho no ouvido para fazer a alma abanar
Voar levemente na busca do cantar
Para o silêncio não se instalar.
Alexandre Lucas
Num encontro de calmaria
Resfriar-se a com sorvete para preencher as tardes vazias
Soprar carinho no ouvido para fazer a alma abanar
Voar levemente na busca do cantar
Para o silêncio não se instalar.
Alexandre Lucas
Goteja na poesia sangue e
lágrimas
Um sorriso e um insulto
O boa noite com a esperança do amanhã
O até logo e o adeus
Na poesia espremesse as dores em forma de sumo
e regar os gozos com jardins
Insulta o tempo
E massageia a esperança
A poesia não é a palavra rimada ou ritmada
É antes de tudo a vida.
Alexandre Lucas
Um sorriso e um insulto
O boa noite com a esperança do amanhã
O até logo e o adeus
Na poesia espremesse as dores em forma de sumo
e regar os gozos com jardins
Insulta o tempo
E massageia a esperança
A poesia não é a palavra rimada ou ritmada
É antes de tudo a vida.
Alexandre Lucas
Sentir o desprezo das
tuas palavras como um abraço forte
Tonto fiquei perambulando sobre jardim de alfinete
Gritei silenciosamente e pulei freneticamente
e você pensando que eu dançava.
Alexandre Lucas
Tonto fiquei perambulando sobre jardim de alfinete
Gritei silenciosamente e pulei freneticamente
e você pensando que eu dançava.
Alexandre Lucas
Em véu vermelho me cubro
de lágrimas
Choro o sangue da vida
Manco, cego e com a respiração falha
Subo aos montes
Faço trincheiras
E escarro na cara
Dos que se infiltram como companheiros
E blefam como camaradas.
Alexandre Lucas
Choro o sangue da vida
Manco, cego e com a respiração falha
Subo aos montes
Faço trincheiras
E escarro na cara
Dos que se infiltram como companheiros
E blefam como camaradas.
Alexandre Lucas
No caminho tinha um
amor...
do lado do amor tinha uma pedra
do outro lado tinha um abismo
e no meio do caminho tinha três caminhos.
Alexandre Lucas
do lado do amor tinha uma pedra
do outro lado tinha um abismo
e no meio do caminho tinha três caminhos.
Alexandre Lucas
Fernandes Nogueira
Todos dormiam
E você amante do lençol
Enroscassem na tua ultima poesia
Depois disso nunca mais te vi...
Mas o seu poema continuou vivo
Alexandre Lucas
*Fernandes Nogueira – poeta juazeirense que auto-se-desfez na madrugada de um sábado de uma ano qualquer do século 21.
Todos dormiam
E você amante do lençol
Enroscassem na tua ultima poesia
Depois disso nunca mais te vi...
Mas o seu poema continuou vivo
Alexandre Lucas
*Fernandes Nogueira – poeta juazeirense que auto-se-desfez na madrugada de um sábado de uma ano qualquer do século 21.
Meus versos choram
Minha alma se afoga
Entre os travesseiros e lençóis
Acordo-me molhado de pesadelos
Enquanto escuto os pássaros cantando melodias suaves
E se protegendo nos altares de luz da cidade.
Alexandre Lucas
Minha alma se afoga
Entre os travesseiros e lençóis
Acordo-me molhado de pesadelos
Enquanto escuto os pássaros cantando melodias suaves
E se protegendo nos altares de luz da cidade.
Alexandre Lucas
Os toques dos teus
carinhos
Passeando pelas minhas lembranças
Cantarolam saudades.
Os dias fazem chuvas e trovões
Enquanto me encolham
Nos meus lençóis.
Alexandre Lucas
Passeando pelas minhas lembranças
Cantarolam saudades.
Os dias fazem chuvas e trovões
Enquanto me encolham
Nos meus lençóis.
Alexandre Lucas
A cada notícia uma morte
se faz
As lagrimas já não existem
O rosto sereno
Mas parece uma fotografia
De tão estático
Os olhos não expressam emoções
Com as mortes e as dores
Uma notícia em jaz sentimento.
Alexandre Lucas
As lagrimas já não existem
O rosto sereno
Mas parece uma fotografia
De tão estático
Os olhos não expressam emoções
Com as mortes e as dores
Uma notícia em jaz sentimento.
Alexandre Lucas
Algumas paredes enterram
forças e sonhos
Depilam as alegrias
E o baile se inicia sem música
O corpo se contorne
Sobre os teclados
Que denunciam os grilhões
E as poças de lágrimas
Que se escondem por trás das redes.
Alexandre Lucas
Depilam as alegrias
E o baile se inicia sem música
O corpo se contorne
Sobre os teclados
Que denunciam os grilhões
E as poças de lágrimas
Que se escondem por trás das redes.
Alexandre Lucas
É como se a alma
observasse o próprio corpo sendo triturando no moinho
Uma dor sem fim, uma dor que dói só de se ver
Enquanto isso tento segurar um sorriso banguelo
Entre a lucidez e a embriaguez do cansaço.
Alexandre Lucas
Uma dor sem fim, uma dor que dói só de se ver
Enquanto isso tento segurar um sorriso banguelo
Entre a lucidez e a embriaguez do cansaço.
Alexandre Lucas
Vomito os entalos da vida
Tropeço nas palavras
Para construir o verso
Com rima e ritmo quebrado
E desengasgar o grito.
Alexandre Lucas
Tropeço nas palavras
Para construir o verso
Com rima e ritmo quebrado
E desengasgar o grito.
Alexandre Lucas
Iluminadamente só
Faço-me candeeiro
Enquanto escuto a orquestra dos grilos
De um lado uma faca afiada para despir o lápis
Um papel manchado de sangue
É perfurado pela ponta do lápis
E sem nenhuma palavra o poesia se fez.
Alexandre Lucas
Faço-me candeeiro
Enquanto escuto a orquestra dos grilos
De um lado uma faca afiada para despir o lápis
Um papel manchado de sangue
É perfurado pela ponta do lápis
E sem nenhuma palavra o poesia se fez.
Alexandre Lucas
Só quero enforcar minhas
dores
No ultimo andar
Quero que a língua fique para dentro
E que nenhum falso sorriso sair saltitante pelo ar
Hoje a poesia se encolhe como se fizesse casulo
Porque faz frio lá fora,
Enquanto me queimo em inquietações.
Alexandre Lucas
No ultimo andar
Quero que a língua fique para dentro
E que nenhum falso sorriso sair saltitante pelo ar
Hoje a poesia se encolhe como se fizesse casulo
Porque faz frio lá fora,
Enquanto me queimo em inquietações.
Alexandre Lucas
A ausência chibateia os
sonhos
Como uma carta de morte,
Finada ficou a estrada
Os brincantes se despiram
E saíram chorando
Pelas luas que se esconderam
Pelas loas que se silenciaram
Alexandre Lucas
Como uma carta de morte,
Finada ficou a estrada
Os brincantes se despiram
E saíram chorando
Pelas luas que se esconderam
Pelas loas que se silenciaram
Alexandre Lucas