sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Tua boca esbanjada
E o filme passando
É uma viagem nua
Onde a  dança se embola com as palavras e o olhar
Unir o verso na paciência e na loucura
Maturar o  desejo
Quente como setembro
Para sentir o gosto da tua boca
Esbanjada na minha.

Alexandre Lucas

domingo, 13 de outubro de 2019

Diante da saia colorida e do vestido florido na boca,
A esperança fez foco
Era a vida passando
Cheia de imaginação
A persistência se fez família
Algo próximo e indissociável
Assim como o desejo que anda alado da imagem
E os amigos também amam 
Com versos, corpos despidos e paz
Afinal  não fazemos amor com os inimigos.


Alexandre  Lucas

sexta-feira, 11 de outubro de 2019


Queria me inquietar nos teus crespos prazeres
Atravessar tua carne para florear nossa alma
Acender a luz do abajur dos olhos
Acreditar no verso carnívoro
Aquele que verseja a esperança
Sinto o vento quente, deve ser o calor cheio de lua   
Posso escutar o canto gemido que renasce a cada encontro   
Que o porto não seja caixote
E que viver, lutar e amar sejam como grãos de areia
Que passam pelas cercas e que se encontram em qualquer lugar.


Alexandre Lucas

Se o desejo fosse monocromático
Harmonioso, de uma só cor
A alegria e a  amizade poderia  ser intensamente colorida
Para a gente sentir a respiração junta aos lábios
Receber a brisa e se fazer teia na alvorada
Sentir a plenitude do fogo
E a trepidaçao do gozo
Até as estrelas ficaram   próximas e se vestirem de alucinação.

Alexandre Lucas
A maldade também veste lattes, com algumas exceções
Ela se pinta de seletividade, engole vaidades
E enxerga o mundo, a partir das suas sobrancelhas
Ler as narrativas e constroem seus personagens a partir do seu script
Resumido de suposições
Confunde pão com rocha
E coloca à mesa para ser servido
Enquanto isso, nem todos comem a notícia.


Alexandre Lucas

sábado, 5 de outubro de 2019

Eu quase que entrava dentro do teu sorriso
Só pela aproximação do verso feito pelo olhar
Trocaria os lençois frios
Para acolher teu corpo
E desenhar sobre teus mamilos a presença do pecado
Desejo conjugado
Na sala do suco
E no poema em construção
Deitado, revirando o amor até chega em Roma dentro de ti.

Alexandre Lucas

Acordei com uma vontade de debulhar palavras
Soprando nos teus ouvidos lentamente
Como se fosse acender o fogo
A gente sopra devagarzinho para não se apagar de uma vez   
Fogo acesso,  
As palavras se devoram,
O corpo se trança no outro
Entre entranhas, braços, penas e bocas   
Fazendo chamas
Ainda com vontade, continuo acordado.

Alexandre Lucas    

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Eu que não sei das escrita dos teus lábios e nem dos cachos da tua língua
Sinto o vento que me joga
A luz apagada átiça os desejos
O verso vem na palma da mão como carinho
Faz calor, não é tempo de espera
A nudez da pele faz empatia  com a poesia que nos cerca
O corpo nu e a palavra sem arrodeios tem tom ruivo
Como a carência que pede a  presença da carne e do verso.


Alexandre Lucas
A noite poderá  ser nossa
Talvez o corpo seja bordado de carinho
Sem culpa,  os pudores poderão  ser rasgados
O afeto costurado com o som da vontade e os toques eriçados da pele
A  música trans-pira nos lábios mordidos
Num molotov de esperança
Surgirá brilhos de alegria
A paz pede a dança dos olhos e o corpo  quente
Num bombardeio de desejos.

Alexandre Lucas