terça-feira, 21 de abril de 2015

Apenas luto 

Mesmo quando as alienações imperam
E o capitalismo pousa de boa moça 
No seu estilo branco, pseudocrístão e banqueiro
Apenas luto
Quando o opressor tenta me fazer a sua face
Perversa e irresponsável
Mesmo quando as utopias parecem desaparecer
E me roubam o meu sorriso,
E retiram as crianças do meu ser
Resisto
Mesmo de cabeça baixa e de alma soluçando
E de barriga estourando
E de corpo sangrando
Digo não
A subserviência, a opressão e a
Injustiça burguesa de todas as ordens
Podem me retirar tudo
Menos a minha ira
Apesar de tudo, apenas luto.

Alexandre Lucas
Ainda não sei quanto tempo tenho de vida
Nunca sabemos!
Sinto dores na alma e no corpo
Todos sentem!
Prendo-me nas minhas jaulas 
E me embriago com o veneno alheio
A barriga explode com o peso da injustiça
Queria esquecer tudo, mas não se esquece da vida
E das infelizes escolhas.
Pode ser que ainda haja tempo
Para sarar as feridas do tempo,
Para construir jardins
Para se encantar com os pássaros livres
E queimar todas as flores artificiais.

Alexandre Lucas