terça-feira, 21 de abril de 2015

Apenas luto 

Mesmo quando as alienações imperam
E o capitalismo pousa de boa moça 
No seu estilo branco, pseudocrístão e banqueiro
Apenas luto
Quando o opressor tenta me fazer a sua face
Perversa e irresponsável
Mesmo quando as utopias parecem desaparecer
E me roubam o meu sorriso,
E retiram as crianças do meu ser
Resisto
Mesmo de cabeça baixa e de alma soluçando
E de barriga estourando
E de corpo sangrando
Digo não
A subserviência, a opressão e a
Injustiça burguesa de todas as ordens
Podem me retirar tudo
Menos a minha ira
Apesar de tudo, apenas luto.

Alexandre Lucas

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