sábado, 21 de outubro de 2023

 Andava, nadava, dançava 

Decepei as pernas e os braços

Balanço na rede e no redemoinho de palavras 

A rua enterrou as flores

E as horas enganchou o ponteiro

As lágrimas

Andam, nadam e dançam

O galo  hoje não cantou 

Deu a vez ao poeta 

Cansado, o poeta também não cantou

O poeta lembrou de Kássia Luiza, poeta também 

Poeta desde que a dor  chegou como palavra, 

Ela costura  versos 

Diz que quer celebrar um novo mundo

e ser capaz de   suportar a cidade 

Apenas treze anos, já poeta

Mas quem disse que poesia tem idade? 

A vida não é literatura, quem dera 

Mas a literatura é a vida

Por isso decepo pernas e braços

Encontro com a poeta no fim do caminho e começo a plantar flores.

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