Era uma mesa antiga, continuava
firme, madeira de lei
Fazia-se de tudo
naquela mesa
Escrevia-se o poema,
tomava vinho, reunia pessoas para o café
Resolvia-se as contas
do mês
A mesa aguentava a tempestade
e os corações de pedra
O tempo furioso e
amargo
Mas aquela mesa
também era sustentáculo do amor
Nos cabia deitado e
sentado
Com o fogo e a
ternura das nossas pernas
Com verso ardente dos
olhos
Com a língua sambando na pontualidade dos teus
sussurros
A mesa era forte e
aguentava o beijo doce e os trovões que nos residiam.
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