terça-feira, 5 de março de 2019


Vesti a melhor roupa, a que estava limpa e confortável
Não tirava os olhos do relógio
Dias confeccionando risos,
Se aproximava o momento
O relógio parecia mais lento
A roupa limpa e confortável
Foi aos poucos ficado suja e suada
O riso murchou
A porta que esteve sempre aberta
Carrega as lembranças das esperas  
E o olhar triste
De quem não sabe se haverá primavera.

Alexandre Lucas   

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