terça-feira, 19 de março de 2019

Que os abraços possam ser quentes
Mas que a cidade seja agradável
Que os tapetes pretos de asfalto
Possam ser xadrezes de rochas
Que as águas banhem o corpo do solo
E as árvores possam acolher os afetos
Que o ar seja outro, menos carros
Ruas misturando gente e edificando saberes
Que os pássaros sejam livres na cidade
Que as frutas estejam ao alcance das mãos
Uma cidade que alimente barrigas e sonhos
que a poesia seja espalhada por toda a cidade
substituindo todas as embalagens.
Que as crianças conheçam a cidade sem os enlatados
E sem o véu cinza de urbanização antissocial.



Alexandre Lucas

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