Sou assim uma variante militante
Que busca o aconchego dentro da selva
Que arrebenta a selva para acomodar sonhos
Compreendo que meu trabalho estético artístico é indivisível à vida, por
conseguinte à compreensão política
Notadamente ligada a minha camada: popular, oprimida e explorada.
Sou ambulância de provação, provocação
e polêmica
Convictamente sou docemente frágil
E pássaro que voa e diz que vai voar
Liberto
Não tenho patentes de propriedade e
nenhuma inscrição marcada a fogo
no meu corpo
Sou fiel as minhas crenças, crenças humanas
Sinto frio, calor e tesão
Bato, corro e digo palavrão
Estudo, pesquiso e experimento
Refaço, transformo e discuto
Não me faço de cego, nem de mudo
Recolho encontros e transtornos
Para sacolejar fitas de cetim e granadas
No meio do salão dos esconderijos da alma
Alexandre Lucas
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