quarta-feira, 16 de maio de 2012



Sou assim uma variante militante
Que busca o aconchego dentro da selva
Que arrebenta a selva para acomodar sonhos
Compreendo que meu trabalho estético artístico é indivisível à vida, por conseguinte à compreensão política
Notadamente ligada a minha camada:  popular, oprimida e explorada.  
Sou ambulância de provação, provocação  e polêmica
Convictamente sou docemente frágil
E  pássaro que  voa e diz que vai voar  
Liberto
Não tenho patentes de propriedade e
nenhuma  inscrição marcada a fogo no meu corpo  
Sou fiel as minhas crenças, crenças humanas  
Sinto frio, calor e tesão
Bato, corro e digo palavrão
Estudo,  pesquiso e experimento
Refaço, transformo e discuto
Não me faço de cego, nem de mudo
Recolho encontros e transtornos
Para sacolejar fitas de cetim e granadas
No meio do salão dos esconderijos da alma

Alexandre Lucas  

Nenhum comentário:

Postar um comentário