domingo, 28 de junho de 2020


Estava do outro lado da mesa. Uma jarra de lágrimas segurava nos olhos
Recortes do tempo, um cinema de nós, numa tela que só eu conseguia ver
Saudades liquidificadas num controle remoto desmantelado
O filme prosseguia, apesar de querer desligar, sem saber o final
Ainda reside cenas da primeira noite de pouca luz, de brilho forte e de algumas reticências
Fico calado e escrito de linhas e de algumas disgrafias
A jarra transborda enquanto o filme não termina.

Alexandre Lucas

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