domingo, 22 de março de 2020


Saquearam a poesia da cidade
Franquearam o modo de sorrir e de vestir
Os rostos cinzas parecem estátuas ambulantes
E o obscurantismo faz vigília
O amor se tornou proibido
O ódio se pulveriza no ar
Tempo nublado
A melancolia faz roupa
Agito uma lata de spray
Para desesconder a política
Fazer da bila samba, otimismo
O verso resistência não é harmonia
É Sacolejo, é capoeira
É rinha
É choro e um mundo para tomar
Para fazer do mundo, um sol,  
É de todos e não é de ninguém.

Alexandre Lucas
   

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