quarta-feira, 1 de maio de 2019

O tempo dos afetos tem um relógio inquieto
Os seus ponteiros apontam imagens
Agora
Falta-me água e sobram palavras presas
Vejo uma cachoeira de cachos que bordam risos
 O sol fica azul e a noite amarela 
Os céus cheios de flores se  acariciam com as estrelas
O vento sopra uma fala mansa e um par de olhos pequeninos
Cheiro de mato, alecrim
Suor, chá de amor desconhecido
Penso na textura e no sabor  dos teus movimentos
O relógio gira
A cada passo,  as palavras ainda tímidas,  fazem cachos.


Alexandre Lucas

Nenhum comentário:

Postar um comentário