segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Será necessário cortar a carne
Só para dizer que está sagrando
Fazer pregas na cara para dizer que dói
Publicar nos jornais um manifesto de dor
E distribuir laudos de sofrimento
Não!
As mãos se estenderão
Nas tardes sepultadas
Às cirandas continuarão quando as dores não forem minhas.
É neste privado estufamento desumanitário que não sigo em marcha.

Alexandre Lucas

Junto as palavras
Aquelas que me dão e não são tuas
Aquelas que pego do tempo, espaço e momento e que  também não são minhas
Pego, junto , troco, brinco e crio imagens, recrio a realidade 
De palavra em palavra 
Comemos no baquete antropofágico temperado com a  língua. 

Alexandre Lucas

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