Guardo cada multicolor fio
Que foi me tecendo
Neste tear de comunhões
Guardo a maça que murchou
A flor que restou
O riso que do gozo ficou
O olhar que fincou
Guardo o pão e a palavra
A gentileza e a companhia
A rebeldia e a sabedoria
Guardo as bandeiras e os lençóis
A eloquência e a saliência
A poesia e a despedida
Guardo cada fio que se fez ternura
Rompendo as amarras dos arames farpados.
Alexandre Lucas
Nenhum comentário:
Postar um comentário