terça-feira, 30 de julho de 2013

Guardo cada multicolor fio
Que foi me tecendo
Neste tear de comunhões
Guardo a maça que murchou
A flor que restou
O riso que do gozo ficou
 O olhar que fincou
Guardo o pão e a palavra
 A gentileza e a companhia
A rebeldia e a sabedoria
Guardo as bandeiras e os lençóis
 A eloquência e a saliência
 A poesia e a despedida
Guardo cada fio que se fez ternura
 Rompendo as amarras dos arames farpados.

Alexandre Lucas

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