Tem horas que os teus olhos têm o brilho de vênus
Talvez seja na hora da curiosidade
Quando o desejo ancestral, pré-histórico do entrelaço se acha
Quando a boca e o ventre se encontram em beijos
Acesso os teus olhos tem mais encantamento
Fico pensando, são tantas histórias e posições
Acho não teria um arquétipo que narrasse a pulsão
O intervalo entre um respiro e outro é mais veloz
Quando toca fogo nos sentidos
Em chamas teus olhos tem um sabor delirante
Certamente, pela proximidade com o sol profano
Em que o espanto se condensa em tramas de prazer.
Alexandre Lucas
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