Deixamos a louça esperando para outro momento
O celular tocava um blues de morder os lábios
O chão cheio de almofadas acomodava nossas conversas
Entre poemas e goles de café, orquestramos nosso olhar
A geleia ainda gelada foi passada como tinta no teu e meu
corpo
Nossas bocas como pincéis deslizavam em nossas telas corpóreas
Pintura de arrepio
Conflito saboroso, em que duelam sem vencedores os desejos
Inexiste foto desse momento ou notícia em jornal
A verdade é que registramos tudo, até o que não foi
realizado.
Alexandre Lucas
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