Andar de bicicleta, sentir o
vento atravessar a alma
Esfacelar a tensão, olhar
lentamente o caminho, sem pressa
Experimentar o abraço da paisagem
e rir com coisas à toa,
Esquecer as panelas, que de tantas
estão esquecidas na pia
Paro para dividir um poema com a
rua
Ando só e cheio de gente e com uma
bacia de desejos
Cheio de crenças acredito que o amor
está brincando de esconde-esconde
Hora e outra, encontro com ele despido
para abrir a imaginação
Agitar alguns momentos para a paz
E aí, deixo a bicicleta de lado.
Alexandre Lucas
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