Na varanda rasgo as últimas palavras
para compor um poema incompleto
Noite deserta
O punhal perfura o escuro
Sangra o peito do tempo
O tempo não tem peito
O punhal briga com o vento
Cansado, desmorono da varanda
deslizo entre os galhos das roseiras
Sangra
as palavras voam
O tempo que não tem peito
são como as águas dos rios
Passam.
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