domingo, 3 de maio de 2020

Era uma mesa antiga, continuava firme, madeira de lei
Fazia-se de tudo naquela mesa
Escrevia-se o poema, tomava vinho, reunia pessoas para o café
Resolvia-se as contas do mês
A mesa aguentava a tempestade e os corações de pedra
O tempo furioso e amargo
Mas aquela mesa também era sustentáculo do amor
Nos cabia deitado e sentado
Com o fogo e a ternura das nossas pernas
Com verso ardente dos olhos
 Com a língua sambando na pontualidade dos teus sussurros  
A mesa era forte e aguentava o beijo doce e os trovões que nos residiam.

Alexandre Lucas 

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