Tenho medo da palavra não dita
Da exclusão
Da inclusão sem consulta
Da dominação,
Tenho medo da bala, da faca, da fala
Do domínio invisível do capital
Da rapidez e da força da opressão
Do Preconceito, do olho avesso
Do desrespeito, da perna que ultrapassa sem permissão
Tenho medo dos que não sabem dizer não
Que proliferam a hipocrisia e esquecem da poesia
E ainda tenho medo do corpo livre e do corpo fechado
Numa sociedade de um povo privado.
Alexandre Lucas
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