O tempo dos afetos tem um relógio inquieto
Os seus ponteiros apontam imagens
Agora
Falta-me água e sobram palavras presas
Vejo uma cachoeira de cachos que bordam risos
O sol fica azul e a noite amarela
Os céus cheios de flores se acariciam com as estrelas
O vento sopra uma fala mansa e um par de olhos pequeninos
Cheiro de mato, alecrim
Suor, chá de amor desconhecido
Penso na textura e no sabor dos teus movimentos
O relógio gira
A cada passo, as palavras ainda tímidas, fazem cachos.
Alexandre Lucas
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