Estou menstruado
Sangro Marielles e Pedros, Dinas e Oswaldos, Angelos e Olgas,
Heleniras e Pomares
Sangro
As balas vem dos coturnos
Escutem, eles fazem silêncio
E se escondem nas sentinelas
do poder
Para blasfemar contra os oprimidos
Negros, pobres e faladores
Negras, pobres e faladoras
Como cães, as cabeças ocas dos cacetetes se
adestram com vigor a subalternidade
Que bate continência ao
ódio,
Disseminado pelo opressor
Sangro e se renovo para sangrar
No sangue que se tempera
Do direito negado,
Da fala que se faz primavera
Em tempos quentes e de pouca luz
Sangro com as bandeiras vermelhas
Hasteadas pelos multicolores braços
Dos oprimidos e explorados
A estrada segue
Pois nunca se mata, o
sonho.
Alexandre Lucas
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